Em publicação feita na última terça-feira (12) pelo portal Uol, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery, afirmou que a navegação por hidrovias receberá mais atenção do governo a partir de agora.
Como ele mesmo lembra, o Brasil não usufrui, como poderia, das vantagens do transporte em hidrovias por uma questão cultural. Não é novidade que rodovias sempre foram privilegiadas em investimentos por parte de governos anteriores em detrimento do modal aquaviário.
“Hoje em dia a gente só explora um terço do nosso potencial de vias navegáveis. Além da nossa cultura de explorar rodovias [ser dominante no país], os investimentos em obras de hidrovias exigem uma dragagem de manutenção contínua, exige um balizamento, sinalização. É algo que nunca foi feito pelo Executivo, por nenhum governo. A hidrovia é a última fronteira do desenvolvimento da infraestrutura. E agora está sendo tratada como prioridade”, disse Nery à jornalista Mariana Londres.
A declaração foi feita durante entrevista sobre o impacto de cenários que vêm se descortinando no setor, como o da transição energética, que estariam aumentando investimentos do governo em hidrovias brasileiras.
Entre as obras em andamento, estão a desobstrução de trecho da Hidrovia Araguaia-Tocantins, bem como estudos de viabilidade para a implantação da Hidrovia Brasil-Uruguai.