As entidades sindicais filiadas à Conttmaf têm recebido manifestações de representantes de trabalhadores em transportes de países da América Latina, que repudiaram os ataques deflagrados neste domingo, 8 de janeiro, em Brasília, contra a democracia e as instituições que representam o Estado brasileiro.
A Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF) denunciou a ação de um complô golpista que conta com a “cumplicidade de grupos opositores nos poderes econômicos e políticos”. A ITF exigiu que os manifestantes violentos, seus financiadores e apoiadores políticos sejam levados à Justiça para garantir a paz social e o estado de direito no Brasil.
A Confederación General del Trabajo de la República Argentina afirmou que um governo eleito democraticamente não pode ser atacado por fanáticos antidemocráticos, defendendo que sobre os responsáveis deve cair todo o peso da Lei.
O Conselho Internacional de Dockworkers (IDC) prestou apoio ao governo brasileiro democraticamente eleito e às federações brasileiras de trabalhadores portuários, em sua luta para fortalecer novamente o sistema sócio-laboral brasileiro a partir do setor portuário.
A Asociación del Personal Aeronautico (APA) da Argentina repudiou a tentativa de golpe de estado no Brasil, ressaltando que os atentados foram perpetrados por pessoas que anseiam por tempos ditatoriais. A APA apoiou a marcha à embaixada do Brasil em Buenos Aires convocada pela Central de Trabajadores y Trabajadoras de la Argentina (CTA), neste dia 9, contra a quebra da ordem democrática dos “irmãos brasileiros”.
A Federación Unitaria del Transporte, Puertos, Pesca y Comunicación en América (Futac) condenou a estratégia do “capitalismo fascista” de optar pelo caminho da desestabilização das instituições democráticas nos países onde o progressismo ganhou terreno, conclamando as organizações trabalhistas ao redor do mundo a denunciar essa situação e a apoiar o povo e o governo democrático do Brasil.
Para o presidente da Conttmaf, Carlos Müller, as manifestações dos companheiros latino-americanos “são extremamente importantes para fortalecer a luta dos trabalhadores em transportes em defesa da democracia, sem a qual não costuma haver diálogo social e tampouco negociações justas para os trabalhadores”.