Participamos na reunião do Comitê-Geral de Gênero e Diversidade do Setor Aquaviário, realizada nesta segunda-feira (26), na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em Brasília, para debater questões relacionadas ao tema.
Na ocasião, a Antaq apresentou a 2ª edição de sua pesquisa sobre gênero e diversidade, a qual revelou que, em 2024, as mulheres representavam 17,8% do total de empregos no setor, o que significa um avanço de 0,5 ponto percentual em relação a 2022.
O estudo trouxe números detalhados sobre a participação feminina em cargos de gerência, os quais registraram um salto de 22,5% para 25%, e em postos de direção, com queda de 16,7% para 15%.
Além disso, ele apresentou recortes relacionados à presenta das mulheres em Conselhos de Administração de empresas e em Conselhos da Autoridade Portuária, com percentuais que apontaram 16,8% e 8,4%, respectivamente.
A pesquisa mostrou que a distribuição por tipo de atividade ficou em 40% para cargos administrativos e em 10% para operacionais.
Durante o encontro, a Antaq solicitou às representantes de entidades da sociedade civil organizada sugestões para ampliar a participação feminina no setor aquaviário.
Na ocasião, a diretora de Gênero e Juventude da Conttmaf, Lorena Silva, ressaltou a importância de políticas públicas voltadas para o incentivo do ingresso e da permanência de mulheres nesse setor.
Ela sugeriu um ajuste na proposta da Antaq, de inclusão de um novo critério na Portaria nº 424/2024, do Ministério de Portos e Aeroportos, a qual estabelece diretrizes para a priorização de pedidos de financiamento e concessão de empréstimos com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM).
“A nossa proposta consiste em adicionar, como um dos condicionantes à obtenção do financiamento, o comprometimento das empresas com a diversidade de gênero, estabelecendo a participação de marítimas nas tripulações dos navios e não apenas na administração das empresas”, destacou.
A medida seria um passo importante para valorizar práticas que promovam ambientes de trabalho mais diversos, equitativos e inclusivos no setor aquaviário, afirmou Lorena.