Sindicatos marítimos e armadores do Brasil e da Argentina assinaram nesta terça-feira (25) a Declaração de Buenos Aires, documento que estabelece a elaboração, em conjunto, de um projeto de acordo de transporte marítimo que será submetido às autoridades dos dois países.
Os participantes do II Encontro do Setor Privado de Transporte Aquaviário Argentina-Brasil, ocorrido em 24 e 25 de abril na capital argentina, analisaram e debateram as ações realizadas perante os órgãos oficiais de ambas as nações a partir da assinatura da Declaração do Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano.
Os signatários da Declaração de Buenos Aires ratificaram a necessidade urgente de se chegar a um acordo sobre o transporte marítimo, em âmbito regional, que contenha as orientações da Declaração do Rio de Janeiro. Quando estiver finalizado, o acordo será apresentado aos governos dos dois países, com a proposta de convocação dos governos do Paraguai e do Uruguai para eventual adesão.
O setor sindical brasileiro foi representado pelos presidentes da Conttmaf e do Sindmar (Carlos Müller) e da FNTTAA (Ricardo Ponzi). Representando os armadores brasileiros, estava o diretor-presidente da Associação Brasileira dos Armadores da Cabotagem (Abac), Mark Juzwiak.
Do lado argentino, os dirigentes da Federación Sindical, Marítima y Fluvial – Fe.Si.Ma.F, do Sindicato de Obreros Marítimos Unidos – SOMU (Raul Durdos), do Centro de Jefes y Oficiales Maquinistas Navales – CJOMN (Eduardo Mayotti) e do Centro de Capitanes de Ultramar y Oficiales de la Marina Mercante – CCUOMM (Jorge Pablo Tiravassi). O presidente da Federación de Empresas Navieras Argentinas – FENA, José Pablo Elverdin, representou os armadores daquele país.
Em reunião técnica no âmbito da Comissão de Especialistas em Transporte Marítimo do Mercosul (SGT-5), ocorrida nesta quarta-feira (26), o diretor de políticas de navegação do Ministério dos Transportes da Argentina, Germán Kahlow, solicitou que a Declaração do Rio de Janeiro conste do próximo encontro do grupo, que ocorrerá nos dias 7 e 8 de junho, em Buenos Aires. As delegações dos demais países do Mercosul se comprometeram a analisar os termos da Declaração e a se manifestar na reunião do SGT-5.