A Associação Internacional dos Estivadores (ILA), filiada à ITF, iniciou uma greve em grande escala nos EUA, fechando todos os portos desde o Maine até o Texas a partir da meia-noite desta quarta-feira.
A ação afeta 45 mil trabalhadores portuários em 36 portos, que são responsáveis por cerca de metade de todas as importações e exportações de contêineres dos EUA durante a alta temporada marítima, sendo a primeira greve da ILA em toda a costa em quase cinco décadas.
✊A Conttmaf enviou mensagem de apoio aos trabalhadores portuários que lutam por seus direitos.
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A disputa com a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX) gira em torno de aumentos salariais e proteções contra a automação. Os dirigentes da ILA não conseguiram chegar a um acordo, apesar da tentativa de negociação até o último minuto.
A oferta final da USMX incluía um aumento salarial de quase 50%, o dobro das contribuições patronais para planos de aposentadoria, melhores opções de assistência médica e a manutenção da linguagem atual sobre automação.
No entanto, o presidente da ILA, Harold Daggett, afirmou: “A USMX provocou esta greve quando decidiu se manter firme em relação às transportadoras marítimas estrangeiras, que lucram bilhões de dólares nos portos dos Estados Unidos, mas não compensam os trabalhadores portuários americanos da ILA que realizam o trabalho que gera sua riqueza.”
A ILA, maior sindicato marítimo da América do Norte, representando aproximadamente 85 mil estivadores, rejeitou a proposta da USMX, considerando-a insuficiente para atender às demandas de seus membros. Relatórios anteriores indicavam que o sindicato havia solicitado um aumento salarial de 77%, mas novas informações dizem que a demanda foi reduzida para 61,5%.
“Estamos preparados para lutar o tempo que for necessário, para ficar em greve pelo período que for preciso, até obter os salários e as proteções contra a automação que nossos membros da ILA merecem”, declarou Daggett.
Espera-se que essa greve impacte significativamente tanto as importações quanto as exportações, incluindo as operações roll-on/roll-off, causando potencialmente grandes interrupções na cadeia de suprimentos.
Com as negociações estagnadas, as implicações econômicas desse fechamento de portos provavelmente irão se intensificar, afetando empresas e consumidores em todo o país.
“Agora, a USMX é responsável por essa greve”, disse Daggett. “Eles agora devem atender às nossas exigências para que essa greve termine.”
A paralisação poderá impactar as já tensas cadeias de suprimento marítimo nos Estados Unidos, que enfrentaram interrupções significativas em 2024 devido a conflitos no Mar Vermelho, seca no Canal do Panamá e o colapso da ponte de Baltimore.
*Com informações do site GCaptain