Na última quarta-feira (24), após ato realizado por trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas em frente ao Edifício Senado (Edisen), no Centro do Rio de Janeiro, representantes sindicais dos marítimos e dos petroleiros foram recebidos pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para discutir uma maneira de pôr fim às pesadas taxas do Plano de Equacionamento do Déficit (PED) do Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP).
Durante o encontro, as lideranças sindicais afirmaram estar enfrentando dificuldades nas negociações do Grupo de Trabalho (GT) Paritário da Petros, criado para buscar alternativas capazes de cessar tais cobranças.
As entidades integrantes do GT – FUP, FNP, Conttmaf, Sindmar, Ambep e Fenaspe – ouviram de Prates a garantia de que a empresa vai apresentar, na próxima reunião do grupo, prevista para março deste ano, valores referentes ao déficit do PPSP, há tempos solicitados pelos sindicalistas.
Segundo o diretor jurídico do Sindmar, Marco Aurélio Lucas, o acesso a estes números, além de possibilitar o efetivo início das negociações, vai permitir à representação sindical ter uma visão melhor do problema e buscar uma solução factível para o déficit.
“Tem aposentado recebendo valores ínfimos no contracheque e passando necessidades. Numa data simbólica como esta, dar esse retorno aos nossos representados é muito significativo. Nós estamos buscando proteger o plano de previdência deles e acabar com essa cobrança absurda”, declarou o dirigente sindical, fazendo referência ao Dia Nacional do Aposentado.
Os sindicatos marítimos esperam que a Petrobras se responsabilize pelos erros passados e decida pelo aporte financeiro, o que poderia proporcionar aos aposentados, que sofrem com os descontos abusivos do PED, um alívio imediato nas contas e na qualidade de vida.
Além do presidente da Petrobras, a diretora de Assuntos Corporativos da empresa, Clarice Coppetti, também participou das discussões.
*Imagens: divulgação/Petrobras