O navio São Luiz, que se chocou contra a ponte Rio-Niterói nesta segunda-feira, 14, foi alvo de operação do Grupo de Fiscalização Móvel Regional do Ministério Público do Trabalho (MPT) em novembro de 2021, quando dois trabalhadores marítimos foram encontrados cumprindo jornadas exaustivas e instalados sob péssimas condições de higiene.
De acordo com matéria publicada pelo portal Uol, a empresa de Navegação Mansur S.A, responsável pela embarcação, teve de pagar verbas rescisórias e indenização por dano moral individual para ambos trabalhadores no valor de R$81 mil para cada um.
As vítimas teriam afirmado ao MPT que trabalhavam em escala 15×7 sem Carteira de Trabalho assinada, com salário abaixo do piso, além de nunca terem recebido férias, 13º salário e demais direitos trabalhistas.
Fora isso, eles não contavam com energia elétrica na embarcação, o que os obrigava a fazer uso de luz de velas para se locomover à noite e dormir com a porta do camarote aberta, devido ao calor intenso.
Para manter o mínimo de higiene a bordo, os trabalhadores precisavam reaproveitar a água da chuva ou do mar para dar descarga no vaso sanitário que usavam.
Saiba mais em Uol.