Durante três dias, dirigentes sindicais de todo o País debateram aspectos relacionados aos setores marítimo, aquaviário, de pesca e portuário no Congresso Extraordinário da CONTTMAF, realizado em Rio das Ostras. Antes de delinear as diretrizes de ação sindical para os próximos anos, lideranças da Confederação abordaram os cenários e perspectivas dos setores representativos da entidade.
Em uma de suas intervenções, o Presidente da CONTTMAF, Severino Almeida destacou que com o crescimento e a importância estratégica dos segmentos de transporte, faz-se necessária uma permanente interlocução dos trabalhadores, para unificar discursos e articular as ações que se fizerem necessárias”. A interlocução é essencial para nossa mobilização permanente e para que a Confederação cumpra seu papel efetivo, que é o de defender o conjunto de trabalhadores representados e formular a política nacional para o setor”, afirmou.
Ao abordar a logística de transportes brasileira e as perspectivas para o setor portuário, o Vice-Presidente da Confederação, José Adilson Pereira, salientou a necessidade de desenvolvimento de uma política portuária nacional abrangente e bem definida. “Estamos, através de diversas ações, estimulando isto e participamos destes debates junto a diferentes esferas de governo”, destacou, ao revelar que na última semana a Confederação esteve reunida com a Secretaria Especial de Portos para discutir aspectos do Plano Nacional de Logística Portuária. “Temos que, cada vez mais, agir conjuntamente para fortalecer nossa interlocução. Não pode haver espaço para fragmentação nos setores e segmentos que representamos”, concluiu.
Os Diretores Ricardo Ponzi e Luís Penteado abordaram, respectivamente, os cenários e perspectivas para os segmentos de navegação interior e pesca. Mario Teixeira abordou o papel da Justiça do Trabalho e perspectivas na visão da Representação Sindical.
Ao final do evento, após deliberações e debates, foram definidas políticas da entidade em relação a assuntos prementes como a definição de posicionamentos em relação às Centrais Sindicais.
Durante todo o evento, que foi realizado entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, aspectos como fim do fator previdenciário, manutenção da unicidade sindical e a ratificação da Convenção 158 da OIT foram reafirmados como bandeiras de defesa da Confederação. Durante o evento foram feitas, ainda, manifestações contra a Portaria 186, do Ministério do Trabalho e Emprego, que enfraquece os sindicatos.