O acesso de grandes navios ao Porto de Santos, durante muitos anos, foi impedido pela baixa profundidade do canal de navegação, que era de 13 metros, em média. Hoje, com a obra de dragagem concluída, a eliminação desse limite depende apenas da oficialização dos dados da nova profundidade.
A Secretaria de Portos (SEP) protocolou, há três semanas, na Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha, os resultados da última batimetria (exame de verificação de profundidade) do Trecho 1 do Porto de Santos. A intenção é que a área – que segue da entrada do complexo, na barra, ao entreposto de pesca – tenha seus 15 metros oficializados no próximo mês. A dragagem nessa área precisou ser refeita devido à identificação de pontos com uma profundidade inferior à planejada.
Todos os quatro trechos do canal de navegação (a calha central do estuário) do porto devem ter suas novas profundidades homologadas até março do próximo ano. Além do trecho 1, o Trecho 2 (que vai do entreposto de pesca até as torres do sistema de transmissão de energia, ao lado do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini) terá seus 15 metros oficializados até o final do próximo mês.
Outras etapas do projeto de aprofundamento do canal de navegação serão concluídas no próximo semestre. É o caso da retirada dos destroços do navio Ais Giorgis, submersos no canal há quase 40 anos. A extração dessas peças está prevista para o início do ano que vem. Três delas, que já foram cortadas, serão içadas até janeiro.
Os restos do cargueiro estão localizados próximos à Margem Esquerda, na direção do Armazém 20 (onde funciona o Terminal Açucareiro Copersucar). O local é delimitado por boias de sinalização, para indicar por onde os navios podem trafegar.
A retirada do que restou do Ais Giorgis é considerada fundamental para melhorar as condições de segurança à navegação e, sobretudo, viabilizar a conclusão da dragagem de aprofundamento para 15 metros e o alargamento de 150 para 220 metros da via navegável do canal.
Com informações de Portal Naval