Em audiência realizada pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (13), em Brasília, o vice-presidente da Conttmaf, José Adilson Pereira, criticou a venda da Companhia Docas do Estado do Espírito Santo (Codesa), ocorrida em 2022.
José Adilson, que é presidente da Federação Nacional dos Estivadores (FNE), defendeu a permanência da administração dos portos públicos sob a tutela do Estado.
“O governo entregou a Autoridade Portuária, que é o papel do estado brasileiro de conduzir a visão pública do porto, na mão de um ente privado. Essa é a nossa grande discordância”, disse.
Na ocasião, o sindicalista solicitou ao secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Fabrizio Pierdomenico, a criação de um grupo de trabalho para analisar os desdobramentos da privatização da Codesa.
Em uma publicação sobre a audiência, a Agência Câmara salientou que a transferência da administração da Codesa para a iniciativa privada foi a primeira desestatização de uma Autoridade Portuária realizada no Brasil.
Como bem observou na matéria, em outros países, as privatizações são restringidas às operações portuárias, como a movimentação de cargas.
A Agência abordou, ainda, o debate acerca da prorrogação do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto), defendida por entidades patronais.
Fonte: Agência Câmara de Notícias