As entidades do plano da Conttmaf se reuniram nesta quinta-feira, 16, para reforçar o seu posicionamento contra a proposta denominada “Valorização e Fortalecimento da Negociação Coletiva”, elaborada por três centrais sindicais (CUT, Força Sindical e UGT), a qual poderá acabar com o sindicalismo brasileiro combativo.
Como ressaltado em post anterior, o projeto propõe significativas mudanças na atual estrutura da organização sindical brasileira sem debate efetivo com a base sindical.
Uma delas é a alteração do princípio da unicidade sindical, que em vez de identificar as entidades laborais por categoria, como é atualmente, poderia reconhecê-las por ramo de atividade.
Outro ponto negativo da proposta, considerado o mais grave pelos dirigentes sindicais que participaram do encontro promovido pela Conttmaf, se refere à possibilidade de extinção, em 10 anos, das federações e confederações como hoje conhecemos.
Caso ela se consolide, a representação ampla dos trabalhadores poderá ser enfraquecida. “Por isso, recomendamos a todas as entidades aqui presentes que entrem em contato com as centrais às quais estão filiadas para orientá-las a repudiar tal proposta, e incentivem os sindicatos e as federações coirmãs a se posicionarem contra esse projeto absurdo”, conclama o presidente da Conttmaf, Carlos Müller.
Müller defende, ainda, que os dirigentes sindicais ampliem as discussões sobre o tema e que se tenha como base o PL 5552/2019, que propõe a regulamentação do artigo 8º da Constituição Federal, o qual dispõe sobre a organização sindical no Brasil.
O presidente da Conttmaf finalizou a reunião convidando todos os dirigentes sindicais presentes a participarem do Seminário de Coordenação Nacional da Conttmaf, a ser realizado em Belém (PA), em março.